segunda-feira, janeiro 29, 2007

Mudando template?

Eu de férias...

Se almoço depois que janto
É claro que acordo às sete da noite
Duvido que o mundo fosse menos desalentoso
Se eu botasse os meus óculos
Com este toró se unindo à noite para encerrá-lo
Anseio estar dormindo em breve
Embora tenha acabado de acordar
Como um pedaço de bolo que me enjoa o estômago
Nem toco violão com anseio de vomitar
Alguém acende a luz fazendo algo
Quase nem noto vago com dor de cabeça pensando
Ler em voz média o que escrevo acaria meu estômago
Espero estar dormindo em breve
Embora tenha acabado de acordar
Arroto e agarro um livro para antecipar o sono e agüentar
Ando me preocupando e desdenhado minhas ações demais
O estômago se alastra numa gastrite
Dor de cabeça leve e sono auto-induzido.

28/01/07 - LRP

quinta-feira, janeiro 25, 2007

MARROM 2

Eu estava sobre um gigastesco corpo marrom e era tudo que existia. Só os olhos de mesma cor garatiam que aquilo não era terra e que não era aquilo e que era aquele eu não sei. Estava tudo tão escuro que até o branco do olho dele era escurecido e os pêlos de couro bovino eram a única coisa a ser tocada. Ele fechou os olhos e tentou me agarrar e balbuciar, ele abriu os olhos e como nunca se assemelhou a um monte de terra com dois olhos gigantescos. De repente, ele começou a piscar com tal intensidade, olhos surgindo e sumindo tão mecânicos, que eu soube que tudo dependia apenas de mim naquele momento, mas mesmo assim quando assentei minha cabeça sobre a terra quente, vi que se tratava de um pulsar de coração pequeno de gente mesmo e quando tentei seduzi-lo, rocei e montei, me senti sujo e enterrado. Aprendi a piscar com a mesma intesidade, então de noite eu me sonhava azul e luz e de dia me deitava com a terra viagiando ou amava as coisas humanos. Todos os meus pensamentos eram no esforço de juntar tudo isso e supor que eu tinha um amor e uma vida, mas às vezes eu só sentia que eu tinha um corpo sujo e um sonho estranho, então eu precisava mais ainda daqueles olhos e talvez eu nem sentisse que a terra cada vez mais me era mais querida do que palavras balbuciada e gestos obscuros. Algumas pessoas a vida inteira já preferem animais a seres humanos e os velhos gostam mesmo é de plantas.

24/01/07 - LRP

sábado, janeiro 20, 2007

ESBELTA BAILARINA

Num giro,
A bailarina engole o mundo
Come pouco
O mundo é pouquíssimo
Fome
Não come
Recome

Em rodopios matutinos,
Come o já comido
Não engorda, que esbelta!

Nunca arroutou do ar do mundo
Tão pouco vomitou um pêlo dele.
Seu corpo tudo aproveita
Do quase nada que a menina aceita;
Mas o pouco, come com gosto
Sem pensar
Numa única pirueta
Que já o digere,
Mundo completo.

Como é bem ensaiada!
A coreografia encomendada
Para que o mundo não enjoe:
Baila como se embalasse
Nos braços um bebê
E não o mundo no estômago.

Ai como cansa a dança
E como come pouco a bailarina!
Num giro, engole o mundo
Tão pouco...
Então fome!
Mas não come:
Recome.

15/09/05 - LRP

terça-feira, janeiro 16, 2007

Parabéns?

Ontem de noite, um amigo me veio mostrar um novo blogue dele e deu saudade deste. Postei, com atraso, porque queria fazer isso de novo já faz um tempinho... Aí fui conferir agora se tava direitinho a postagem e a supresa: hj estamos em janeiro e comecei com isso em janeiro de 2006!!! um ano já que tenho este espaço!! e o mais bizarro: fui conferir e era justamente hj!!!! mto absurdo isso!!!
Tá, tá bom!, foram mais hiatos q ditongos mas o autismo disto aqui me desanimou um pouco embora eu mesmo ñ tenha divulgado mto...


MAAAAAS, como comemorações!, vou tentar lincar tanto o blogue deste meu amigo (q é da concorrência) quanto o motivo deu ter escrito tão pouco.


Obrigado Piê, Gu, Tânia, Chitara, Dri, Nalini e outros que foram pra quem tive coragem de mostrar e que tiveram saco de serem alguns dos poucos que passaram por aqui algumas vezes. Obrigado e vou tentar associar este espaço ao q venho fazendo de alguam forma; um ano, né? dá para criar um certo afeto^^.

Bênção a todos!!!

segunda-feira, janeiro 15, 2007

A vida é calçada quando morre no asfalto. É pano de chão sobre trapo. É quase a mesma coisa até morrer no mesmo. São margens que brilham ao se roçarem até formarem um único abismo em que caem em si loucas de tédio cansado. A morte não é uma certeza e a vida engana.

Provavelmente Novembro de 2006 - LRP