YOU NEVER HERE
YOU THERE ME not to love you anymore.
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
domingo, fevereiro 18, 2007
IDENTIDADE
Há um leão a te vigiar de dentro da xícara de café
Você teria que se livrar de centenas de panteras mortas
Para encontrá-lo faminto a te espiar agora
Este leão são 24 horas de meio-dia
E você teria que revirar todas as noites de sua vida
Para distingüir sua pelagem de uma aurora fadada
Ver seus olhos é prever pensamentos de sangue
Com a vontade feita coração de cada ato
E são tantos e tão brancos os seus dentes
Que são uma página com as verdades escritas miúdas em nanquim:
Panteras têm gosto de manteiga.
Mandrugada de 18/02/07 - Mongaguá - LRP
Você teria que se livrar de centenas de panteras mortas
Para encontrá-lo faminto a te espiar agora
Este leão são 24 horas de meio-dia
E você teria que revirar todas as noites de sua vida
Para distingüir sua pelagem de uma aurora fadada
Ver seus olhos é prever pensamentos de sangue
Com a vontade feita coração de cada ato
E são tantos e tão brancos os seus dentes
Que são uma página com as verdades escritas miúdas em nanquim:
Panteras têm gosto de manteiga.
Mandrugada de 18/02/07 - Mongaguá - LRP
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
domingo, fevereiro 11, 2007
Serei uma mulher de sovaco peludo
Os cabelos compridos presos num hashi
Pernas peludas: mulher de verdade
E da orelha dos machos
Penderá um único brinco cumprido
Com todas as cores.
Dos seios, tenho a essência:
Os mamilos
E o corpo como um todo
Num vestido solto de grávida,
Grávido de mim mesma.
1º Semestre do 2006 - LRP
Os cabelos compridos presos num hashi
Pernas peludas: mulher de verdade
E da orelha dos machos
Penderá um único brinco cumprido
Com todas as cores.
Dos seios, tenho a essência:
Os mamilos
E o corpo como um todo
Num vestido solto de grávida,
Grávido de mim mesma.
1º Semestre do 2006 - LRP
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
MINDINHOS
Eu vou arrancar um dedinho de cada mão. O menorzinho de cada uma. Os que doem. Vou na cozinha pegar a maior faca, aquecê-la na chama do fogão e decepá-los, não sei se é assim que se faz, mas é assim que me vem quando eles me doem. Eu não fumo, não consigo aprender a tocar violão, eu preciso morrer um pouquinho começando por delimitar o que realmente vive. Os médicos dizem que não é nada porque a dor não é nada, eles só a entendem com a metáfora do raio-x, com a hipérbole da morte. Minha dor vem de um mundo muito mais distante, daquele em que sei contar a minha idade, daquele em que percebo que com tempo eles estão se entortando para fora do corpo. Aos 80, serão duas espirais. Eles só doem e não é nada. Eles só doem e é tudo. Isto é um plano.
09/02/07 - LRP
09/02/07 - LRP
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
FECHANDO O PORTÃO
A chuva no corpo e o ferro no ar
O cadeado fechado na mente
E escapando entre os dedos
Segurança na esperança
E medo em cada dificuldade
Duvido que ladrão tome chuva
Só os medrosos se machucam de leve
A casa é gigante maior que a chuva
Nem que eu tenha que mergulhar para trancar
Mas ela ainda precisa dos meus braços pequenos
Escorram águas! porque só o mínimo faz lar
Só corpos vivos mesmo que molhados
Só corpos mesmo que quase mortos
Façam-se os corpos porque agora não temo
Os dedos e o cadeado se for o preciso
Para eu sentir que esta casa ainda é lar
Se preciso que pulem e quebrem
Até este minúsculo cadeado
Mas esta casa agora é lar.
08/02/07 - LRP
O cadeado fechado na mente
E escapando entre os dedos
Segurança na esperança
E medo em cada dificuldade
Duvido que ladrão tome chuva
Só os medrosos se machucam de leve
A casa é gigante maior que a chuva
Nem que eu tenha que mergulhar para trancar
Mas ela ainda precisa dos meus braços pequenos
Escorram águas! porque só o mínimo faz lar
Só corpos vivos mesmo que molhados
Só corpos mesmo que quase mortos
Façam-se os corpos porque agora não temo
Os dedos e o cadeado se for o preciso
Para eu sentir que esta casa ainda é lar
Se preciso que pulem e quebrem
Até este minúsculo cadeado
Mas esta casa agora é lar.
08/02/07 - LRP
domingo, fevereiro 04, 2007
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