quinta-feira, fevereiro 08, 2007

FECHANDO O PORTÃO

A chuva no corpo e o ferro no ar
O cadeado fechado na mente
E escapando entre os dedos
Segurança na esperança
E medo em cada dificuldade
Duvido que ladrão tome chuva
Só os medrosos se machucam de leve
A casa é gigante maior que a chuva
Nem que eu tenha que mergulhar para trancar
Mas ela ainda precisa dos meus braços pequenos
Escorram águas! porque só o mínimo faz lar
Só corpos vivos mesmo que molhados
Só corpos mesmo que quase mortos
Façam-se os corpos porque agora não temo
Os dedos e o cadeado se for o preciso
Para eu sentir que esta casa ainda é lar
Se preciso que pulem e quebrem
Até este minúsculo cadeado
Mas esta casa agora é lar.

08/02/07 - LRP

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